quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


Ainda sobre o Carnaval

Só pra encerrar o assunto, não dá pra deixar de postar a vitória da minha escola (agora dividida com a agremiação de Bragança Paulista), a Salgueiro!

E o assunto tem link com um post recente do blog: o fim da era Senna, que ganha mais um marco. Me encantei pela Salgueiro em 1993, quando eles criaram o samba-enredo que trazia o "explode coração, na maior felicidade...", sem dúvida um dos mais famosos de todos os carnavais.

Mas, para mim, aquele ano ficou marcado também por uma presença ilustre na missão de dar o título à escola vermelha e branca: Ayrton Senna desfilou, pela única vez, com a Salgueiro justamente naquele ano da vitória. Pode-se dizer que foi o seu último título.

Procurei no Gooooooooogle uma foto do piloto na avenida. Lembro bem da imagem dele, se não me engano ao lado de Adriane Galisteu, desfilando. Não achei as imagens, então o post vai com a boa e velha Salgueiro mesmo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Detalhes do Carnaval de Serra Negra



No meio do Carnaval, estive em Serra Negra (fui domingo, voltei segunda. Sem trânsito e divertidíssimo).

Queria informar à comunidade da Salgueiro que agora meu coração ficou dividido. Isso tudo após, erroneamente, ter sido confundido com um dos membros da harmonia da escola Dragão Imperial, durante o desfile das escolas de Serra Negra e região (a Dragão é de Bragança Paulista).

Foi isso mesmo que aconteceu. Estava cantando alegremente o samba da escola, e no calor do momento, entrei na avenida e ninguém me barrou. Bastou o refrão se repetir 3 ou 4 vezes para eu aprender a coreografia e começar a puxar o coro da arquibancada. De repente, aquilo me contagiou e pareceu até que eu gostava de Carnaval.

Meu amigo, que estava comigo, tentou entrar na harmonia e não conseguiu. O segurança barrou. "Tudo bem, ele está comig0", eu disse ao jovem rapaz de terno preto que ganhava 30 reais por dia para fazer aquilo. Afinal, eu era da comissão.

Desfile finalizado, fomos com a escola comemorar o resultado de tanto esforço. Queria agradecer a comunidade das estâncias, a essa fantástico grupo que tanto lutou em um ano de dificuldades para montar a bateria, os carros e as coreografias. Foi muito bom. As fantasias ficaram maravilhosas e ver a platéia cantando conosco não teve preço.

Tivemos um problema com um dos carros na lombada (sim, havia uma lombada na avenida), mas acho que o brilho não foi perdido. Valeu galera! Deixo aqui o samba da escola em 2009. Terminamos em um honrado terceiro lugar (haviam 4 escolas).

G.R.F.S. DRAGÃO IMPERIAL

Terra Aqueço a Alma e perco a Calma... O Ar que Eu Respiro é Você

Compositores: Ademir do Cavaco/ Clebinho Zanini/ Edison Souza/ L.C. Genardão/ Paulo Zulu/ Roseli Zanini

Senhor, iluminai! Abençoai a existência!
Minha Azul e Rosa vem mostrar
Eu é preciso ter mais consciência

Gaia pede socorro!
A humanidade parece não ouvir
Desequilíbrio, sinal de alerta
Em evidência para o homem refletir
Geleiras derretendo com o clima esquentando
O ar mais poluído vai aos poucos sufocando
Chega de lixo e destruição
A água corre o risco de extinção
É a vida cada vez mais a perigo
Por culpa de um progresso desmedido

Eu quero o céu sempre azul
Quero rosas pelo ar
Pra perfumar nosso planeta
Obra Divina que devemos preservar

Desenvolver de maneira sustentável
Em harmonia com o meio ambiente
Nosso alimento com certeza é renovável
Sendo explorado com amor e coerência
Para um futuro mais feliz
Aqueça a alma e o coração
Vem respirar desse ideal
Não perca a calma, existe solução
Escute o grito da Família Imperial

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Day in the Life of Abbey Road


Em homenagem ao Carnaval, cito um dos momentos mais famosos do rock. Lembra da famosa capa do disco dos Beatles, em que o quarteto está atravessando a rua? Provavelmente uma das mais famosas capas da história.

Agora, você também já parou pra pensar em quantas pessoas querem imitar essa famosa pose? E que essa rua ainda existe, e as pessoas moram perto, trabalham, passam por lá todos os dias e o local é só mais uma faixa de pedestres? Pois bem. Pare de pensar e veja o vídeo abaixo.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Escrevendo para o blog da LVBA


Faço parte do time que quer revolucionar a LVBA e torná-la uma empresa jovem de espírito. Por isso comecei a contribuir com o blog de lá regularmente. Hoje escrevi um post sobre o lendário ICQ. Lembram?

Dêem uma lida lá e comentem!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O fim da era Senna – ou um novo começo?

Há muitos anos eu pensei em um texto.

O tema central seria "o fim da era Senna". Eu falaria sobre o momento em que não houvesse mais ninguém nas pistas da F-1 que correu ao lado de Senna. E a coisa foi indo bem. Ao longo dos anos 90 e início do novo século, fui observando os pilotos se aposentarem...Mika Hakkinen, Damon Hill, Gerhard Berger, Michael Schumacher, Jean Alesi...Um a um, eles chegavam ao inevitável dia de pendurar as sapatilhas.

Faltava Rubens Barrichello. O brasileiro, que ingressou na categoria em 1993 - portanto um ano antes da morte de Senna -, permanecia nas pistas. Em 2008, conforme sua saída ia se desenhando, este meu texto imaginário começou a ganhar formato, ainda imaginário. Uma introdução, um desfecho, tudo já se encaminhava para lembrar o saudoso momento, em um desfecho cheio de nostalgia e memórias ultrapassadas.

Eis que o destino, então, prega a maior das peças. De forma quase teatral, a era Senna chega ao fim...sem chegar.

É incrível a ligação da família Senna com Rubens Barrichello.

O ex-piloto da Honda foi guiado pela sombra do sobrenome famoso. Foi um pupilo e protegido do tri-campeão Ayrton, sofreu com sua morte, e assumiu um papel de herói sem querer, querendo. Um papel que não conseguiu desempenhar à altura e acabou por prejudicar uma promissora carreira.

O martírio de Barrichello só começou a diminuir quando foi ofuscado por Felipe Massa, que de forma igualmente cruel, assumiu justamente o cockpit que era de Rubens e mostrou um novo espírito de guiar e falar. Sem comparações com ídolos passados, sem referências ou bajulação, Massa mostrou personalidade e hoje tem seu espaço muito maior do que Barrichello tinha – na Ferrari ou na torcida brasileira.

Em 2009, o grid que irá alinhar para o Grande Prêmio da Austrália não terá mais nenhum piloto que correu ao lado de Ayrton. Não mesmo? Pense bem. Bruno Senna foi, talvez, quem mais conheceu Ayrton, nos momentos em que corriam de kart ou tiravam rachas em jet-skis nas águas de Angra dos Reis.

Pois é. E com isso, a temática do meu texto foi pelo ralo. Ele mudou. E a era Senna não acabou. Ironicamente, a maior vítima dela, Barrichello, apenas ajudou a dar continuidade ao sobrenome mais famoso da categoria.

E agora, resta a Bruno mostrar a que veio.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Rabiscos de um caderno da faculdade


Alguns dizem que recordar é sofrer. Outros, que é viver. Talvez seja ambos. Na falta de criatividade, resolvi recorrer ao que já foi produzido. E parei no enorme caderno da faculdade, que como todos os outros usados por mim, serviam de base para diversos textos e poesias em suas últimas páginas.

Resolvi colocar aqui uma dessas páginas.

Textos curtos, sem título, sem começo, meio ou fim. Sem nexo, cercados por desenhos, repletos de garranchos, falta de espaço e uma criatividade crua. Segue:

Como uma brisa, a vida passa
Como uma folha que volta alto
Como um relógio que nunca pára
O tempo que sempre ruge
Implacável pra todos nós
Ataca quando quer, se deseja

#

Tal qual o grito, tal qual silêncio
Tal qual euforia, tal qual tormento
Tal qual certeza, tal qual lamento
Tal qual eterno, tal qual momento

#

Quem sabe um dia, mais alegria
Mais vida
No lugar da morte, mais sorte
A amargura, a feiúra.
O divino, a cura.

#

Milagre, eterno,
É terno.
Eterna idade, a felicidade. Edaduas...saudade.

#

Como um rival que nunca desiste,
Como um pedestre que nunca pára,
O televisor que sempre se assiste
Como uma flecha que sempre vôa
Um sino que sempre sôa.
Como um barulho que ensurdece,
A beleza enaltece.
A tristeza, em profundezas,
As dúvidas e as certezas,
São várias as dúvidas,
As certezas, porém,
Limitam-se a uma
E ela sempre vem

#

Ataca a todos
Como nunca se viu
E até hoje
Sinto frio
Quando vem um arrepio
E me lembro:
"Ayrton Senna do Brasil"

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cinema no matadouro

O belíssimo prédio da Cinemateca: antes, era o matadouro municipal

Como já falei por aqui, o melhor de viver em São Paulo é sempre descobrir algo novo. Pode ser velho, pode ser clássico, pode já ter sido visto por meio mundo, mas você ainda não viu. Uma cidade de possibilidade infinitas - para o bem ou para o mal.

Ontem conheci a Cinemateca Brasileira, uma iniciativa muito legal e um local que jamais havia visitado. Trata-se de um local que cuida de preservar o patrimônio audiovisual brasileiro. E, claro, eles também exibem filmes e documentários, sempre a preços módicos - R$ 4,00 o ingresso.

A arquitetura chama a atenção: todo em tijolos, o prédio foi restaurado em 1992. quando a prefeitura cedeu o local. Detalhe: lá funcionava o matadouro municipal.

Serviço

Cinbemateca brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino

Tel.: 11 3512-6111
www.cinemateca.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Se alguém conseguir ver
até o fim, é um herói


Eis o que você está perdendo por não ver The Sopranos, no Warner Channel.


the sopranos, uncensored. from victor solomon on Vimeo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Churros do Tatuapé - um clássico

A filosofia do churro levada a sério: conheça a Casa do Churro

Você também pensa ou vê churros e lembra da infância? No meu caso, a lembrança é do São Paulo F.C. Tinha um velhinho que fazia os churros em um carrinho lá. Lembro bem do sabor dos churros, e também de como o preço aumentava sempre - fruto da inflação do período anterior ao Real.

Bem, abra os olhos e lembre-se de infância com classe. Vá até a Casa do Churro, no Tatuapé, e saiba onde toda essa história começou. Lá, a casa simples e cheia de cartazes entrega a você praticamente qualquer churro que você quiser - salgado, grande, pequeno ou imenso.

A idéia de comer churros com alguns amigos meus veio, na verdade, baseada nos famosos churros da Mooca, que só funciona de madrugada. Porém, já fui duas vezes no horário de funcionamento e peguei o local fechado. Dizem alguns que o velhinho que faz o churro aposentou (se alguém tiver mais informações, poste aqui).

Mas, de volta ao Tatuapé, tive a sorte de encontrar o dono do local, conhecido como Seu Antônio. Espanhol, ele diz que é o inventor do churro recheado. Não só dele, mas também da não menos famosa maçã do amor. Em poucos minutos de conversa, ele contou detalhes de como nasceram as duas criações.

Seu Antônio não inventou o churro. Essa fica para os espanhóis, que faziam os churros de roda. Imensos, salgados, eles mediam vários e vários metros. O que o senhor da Zona Leste criou foi o churro recheado. Nunca pediu patente, mas diz que irá receber uma em breve. Porém, não pretende ganhar nada com isso, além do reconhecimento. "Agora já virou domínio público", diz.

A casa é pequena, mas a quantidade de cartazes com as ofertas de churros chega a ser uma poluição visual. Faixas que elogiam a "filosofia" do churro de roda misturam-se às dezenas de ofertas. Dezenas? Talvez centenas. Lembram-se daquela clássica cena de "Forrest Gump", quando Bubba, o amigo de Forrest, fica descrevendo todos os tipos de camarão que a família dele sabia fazer? Pois o Seu Antônio é o Bubba do churro:

  • churros salgados
  • churros doces
  • churros pequenos
  • churros grandes
  • churros recheados
  • churros comuns
  • churros completos
  • churros de roda (o tradicional, com açúcar e canela ou 4 sabores a sua escolha)
  • churros lights
  • churros diets
  • churros gelados (cobertos em chocolate)
  • churros quentes
  • churros bom bom
Os preços são salgados - desculpe o trocadilho. O churro comum, daquele igual ao que todo mundo já comeu, sai por R$ 3,50. Mas esse é o mais barato. Churros gelados, maiores, mais gordinhos, todos saem acima de R$ 5 a unidade. Vale a visita. Imagens abaixo (clique para ampliar).