sexta-feira, 29 de maio de 2009

A perda de um jornalista muito querido

Marcelo, ao meu lado, de boné, em evento em Buenos Aires: sempre irreverente

Acabei de saber que Marcelo Nóbrega, do Futuro.vc, faleceu. Assim, subitamente. Um infarto fulminante. E mostra, mais uma vez, como temos de viver a vida ao máximo, aproveitá-la. Pois pode acabar assim, de repente. Marcelo era um companheiro de trabalho e tanto. Viajei com ele para a Argentina em um evento da Nokia. Ele adorava falar do meu livro dos Trapalhões. Tive várias conversas inteligentes com ele desde os tempos de Sony Ericsson. Acompanhava seu blog constantemente. Mandávamos produtos para testes a todo momento.

E, de repente, ele não está mais conosco. Assim, do nada. E tudo perde a importância. Mostra como celulares, dinheiro, imóveis, nada disso vale nada. Marcelo fará falta no nosso meio. Uma pessoa muito, muito querida, inteligente, competente e agradável.

Vá com Deus, Marcelo. Você fará falta.

Obs.: na foto, Rafael Rigues, Marcelo Nóbrega, eu, Henrique Martin e Gustavo Miller durante evento Nokia em Buenos Aires (out/07).

Na final do Aprendiz 6

Desde a primeira edição do Aprendiz, acompanho a final ao vivo (um amigão meu trabalha na Record). Desta vez, o evento foi maior, no Memorial da América Latina. Em um local como esse, pela farra, vale bancar o fã. Portanto, acompanhe o drama abaixo.

Estava disposto a tirar uma foto com um aprendiz. Minha meta era essa naquela noite. Tentei foto com a Marina (a vencedora), mas o fotógrafo de plantão apertou o botão errado no meu celular. Não saiu foto. Tentei com a Karina, a vice, mas não consegui. Tentei com a Maitê (a mascote), mas o meu amigo fez um vídeo em vez de fazer foto. Tentei de novo, não rolou mais uma vez. Simpática, a fotografada ofereceu sua própria câmera para fazer foto. Fiz a foto, mas como e quando vou conseguí-la? A Maitê deu o e-mail dela pra mim. Pedi a foto, mas vai saber se ela vai mandar?

Cansado, chateado e frustrado por não tirar uma foto com nenhum deles, já estava desistindo quando encontro com ele na saída. Não resisti, precisava pedir uma foto. E então...


... tirei uma foto com o grande Claudio Former (ou Forner?), conselheiro, "empreendedor" e consultor do Sebrae!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As decisões dos homens de
terno e gravata*
Quando a política supera o esporte, algo está errado

Bernie Ecclestone, o chefão da Fórmula 1: ele quer mudar tudo

Normalmente, escrever sobre o Grande Prêmio de Mônaco não costuma ser algo muito rico, já que a corrida é tradicionalmente a mais charmosa, mas também mais previsível do ano. Falar de Barrichello pela terceira coluna seguida também não dá. Sobra, então, voltar o nariz para a sujeira e confusão vinda da política por trás da Fórmula 1.

A ambígua F-1 vive momentos distintos. Na pista, muito equilíbrio, surpresas e indefinição sobre os rumos do campeonato. Jenson Button segue rumo ao título, mas a Ferrari mostra uma evolução surpreendente e está perto de ser a segunda força. Outros times, como RBR e Toyota, mesclam desempenhos interessantes com frustrantes. As ultrapassagens são constantes e tudo parece estar indo bem. Por que mexer mais?

A principal causa para esse bom momento vivido pela categoria vem dos famosos homens de terno e gravata. São os empresários e comissários que, a cada ano, mudam e mexem nas regras para impedir que a tecnologia supere a esportividade. Nem sempre dá certo, já que os engenheiros acham maneiras de driblar as mudanças, sejam elas totalmente novas ou retrôs. O problema é quando a política e a cartolagem é tamanha que começa a esconder o esporte.

Não é novidade a FIA querer banir sistemas, impor limites e cortar gastos. Porém, o que está acontecendo de uns anos pra cá beira o absurdo: a categoria não passa dois anos seguidos sem alterações profundas no regulamento. E, para isso, basta voltar alguns anos na memória: quando eu assistia a Fórmula 1 do início dos anos 1990 e fim dos 1980, as mudanças eram poucas e, quando surgiam, mexiam bastante com o grid. Foi o caso, por exemplo, do fim da era turbo, em 1989. Ou da suspensão eletrônica, em 1994. São exemplos de regulamentos alterados que marcaram época.

Hoje, porém, a FIA não consegue sentar e apenas apreciar a corrida. Os pneus passaram a ser slicks novamente; não teremos mais reabastecimento no ano que vem. Os motores passam de V-10 para V-8; os treinos de classificação já tiveram todos os formatos possíveis. O limite de RPMs baixa a cada ano. O sistema de pontuação será por vitórias; não, não será mais. Fica para 2010. Não, não fica mais.

Tanta mudança em tão pouco tempo chega a transformar a Fórmula 1 em alvo de deboche. Afinal, qual credibilidade tem uma instituição que, a cada ano (ou a cada semestre, até), muda ferozmente os regulamentos e princípios que defende? Nessa história, sobram ameaças. Ferrari lidera o movimento e diz que não estará na categoria ano que vem se a FIA não reconsiderar a mudança envolvendo o teto orçamentário. Eu duvido. Assim como Mônaco, a Ferrari pode não ser a mais rápida sempre, mas o seu charme é indispensável.

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Maturidade de Massa
Já falei aqui de como Felipe Massa mudou na temporada passada, assumindo um papel de piloto de Ferrari e arcando com as responsabilidades que isso envolve. Mônaco foi mais um caso assim; Massa chegou atrás do companheiro, mas fez a melhor volta da prova e certamente deixou os dirigentes italianos felizes.

Fala, Rubinho
“Button está guiando como campeão”, diz Rubens. Não, o brasileiro ainda não jogou a toalha – e nem deveria mesmo. Mas admite que o piloto inglês está mesmo em uma fase incrível.

*coluna publicada em dia de corrida no site UOL Interpress Motor. Para ver as anteriores, clique aqui.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Where Do I Go From Here?

Ele olhou pro lado com amargor. Sabia que por perto ninguém podia ajudá-lo. Vozes soavam salgadas em seus ouvidos. Tentou correr dali, tentou encontrar um quê de razão em tanta loucura. Ludibirado, viu que estava perdido. Sonolento, tinha poucas forças para erguer a mão. Quando, enfim, conseguiu, sua garganta seca há muito impedia a passagem do ar. Implorava por um pouco de água.

A sua frente, não via muito. Deixara pra trás ingratidão em meio à poeira. Não teve muito o que pensar a não ser lamentar o que estava por vir. Lágrimas de incerteza e confiança mesclavam-se mentalmente. Um pequeno choro, silencioso, parecia vir de longe. Não descobriu de onde vinha. Mas assustou-se com o que viu.

A essa altura, não tinha mais como desistir. Já fazia muito sucesso. Já fazia muito tempo que poucos faziam ideia do que fazia sua cabeça. Fez a mala, fez as pazes com quem devia, fazendo o que é certo dentro dele. Mas fazia parte de um sonho, apenas. Fazendo de conta que não fitou aquilo, fez um rápido lanche e fez o que todos fazem amanhã, em uma manhã frígida e fajuta.

E aquilo lhe matava por dentro.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nadando no Tietê



No último feriado, tive oportunidade de ir a uma fazenda no interior de São Paulo. E, melhor ainda, praticar wakeboard, ou no português claro, esquiar na água.

O esporte foi muito legal, mas o mais pitoresco foi saber que todo ele rolou no rio Tietê. Sim, isso mesmo. Praqueles lados (depois de São José do Rio Preto), ele é limpo, navegável e muito agradável. Fiz algumas fotos bem interessantes e compartilho com vocês agora.

Foi fácil imaginar como nossa qualidade de vida seria outra se os rios em São Paulo também fossem assim...

domingo, 10 de maio de 2009

Barrichello consegue dormir à noite?*
O brasileiro fez tudo certo e não levou. Mais uma vez.


Confesso a vocês que queria abordar outro assunto na coluna* de hoje. Queria falar de Felipe Massa e como ele lutou, mais uma vez, com os problemas internos da Ferrari e fez uma ótima corrida. Falar de como a corrida na Espanha foi altamente profissional em comparação às anteriores no campeonato. E como a primeira corrida da temporada europeia tradicional mostra que a Brawn dificilmente será superada no ano todo.

Mas, me desculpem a insistência, é impossível deixar para trás o assunto Barrichello.

“Hoje não é dia para ficar triste. É dia de ficar alegre. Tenho de ficar satisfeito com o que eu fiz na corrida”. Palavras do brasileiro da Brawn. Claro, é muito mais confortável para este colunista abordar o assunto de longe, sem saber do que se passa dentro do motorhome da equipe inglesa. Mas, ainda assim, eu me pergunto o quão difícil foi para Rubens Barrichello pegar no sono na noite após a corrida.

Claro que ele deve ficar satisfeito com o que fez. Certamente Rubinho não entra em uma corrida para não vencer. Mas o fato é que não vence. E tem de lidar com adversidades incríveis. Sim, é de se imaginar como o brasileiro lida emocionalmente com tudo isso quando deita a cabeça em seu travesseiro. Barrichello deixou claro que Jenson Button copiou sua configuração para a Espanha. Portanto, o rival direto e líder do campeonato não só “clonou” seu carro para que ficasse igual ao do brasileiro. Ele mudou a estratégia, fez o mais fácil e ganhou a corrida sob as barbas de Rubens, que foi para uma estranha estratégia de três paradas.

Diz a Brawn que três pits sempre foi o plano A. Um plano que, entre os outros os pilotos no grid, apenas foi usado por Kazuki Nakajima, da Williams. Sim, só ele e Barrichello pararam três vezes. Para o japonês, talvez a estratégia fizesse algum sentido, na briga por posições intermediárias. Mas no caso de Rubinho, é impossível não questionar por qual razão não foram com o mais simples.

Uma corrida com três paradas planejadas é das mais arriscadas que existe. Envolve movimentação a mais no box, lugar onde sempre pode correr algo errado. Envolve uma agressividade e arrojo constante – o piloto tem que correr em ritmo de classificação o tempo todo. Envolve uma pista sem adversários, limpa o tempo todo, o que nem sempre acontece. Envolve um ritmo frenético e muito sangue frio, características que não são as mais marcantes de Rubens Barrichello. Portanto, para um líder em Barcelona, é muito mais previsível que uma estratégia com três pits seja o plano B, e não o A.

É fácil desenvolver teorias conspiratórias contra o brasileiro de longe. Mas, hipóteses à parte, Barrichello consegue subverter lógicas quase inabaláveis. Na Espanha, é muito raro o piloto que faz a primeira curva na liderança não ganhar a prova. Rubinho foi o mais rápido na pista catalã. E mesmo assim não levou. No pódio, exibia um sorriso e jogava o champagne no companheiro de equipe. Será que só eu fiquei com um sentimento de “como é possível que ele ainda esteja feliz assim”?

Nas entrevistas, Rubinho evitou a polêmica. Preferiu colocar panos quentes mais uma vez. Disse que vai exigir explicações dos engenheiros da equipe. Explicações que jamais serão reveladas.

Ou, quem sabe, serão um novo capítulo do famoso livro escrito pelo piloto que ele sempre fala.

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Amarga lembrança
Há sete anos, também no Dia das Mães, Rubens Barrichello entregava a vitória para Michael Schumacher no infame GP da Áustria de 2002. O episódio pode ser relembrado. O tempo passou, e pelo jeito só foi o carro que mudou de vermelho pra branco.

Didi, Dedé, Mussum e Zacarias

Será que são esses os engenheiros da Ferrari? No treino, Kimi fica no Q1 por falta de planejamento. Na corrida, Felipe Massa tem de abrir mão de um bom resultado para não ficar sem gasolina. Existem 1001 maneiras de cometer erros. A Ferrari segue as inventando.

Mea culpa
Fui um dos que mais defendeu o sistema de título por vitórias. Cala-te boca. Com quatro vitórias de um mesmo piloto em cinco corridas, a temporada 2009 da Fórmula 1 poderia ser das mais previsíveis da história.

Mais dos homens de terno e gravata
Acabou o reabastecimento em 2010. Ótima decisão. Não veremos mais estratégias de passar no box, nem pilotos mais leves que fazem pole mesmo sem o mesmo talento de outros. A F-1 segue cada vez mais retrô.

* O texto acima é a coluna que escrevo regularmente para sites que cobrem F-1. Vou republicá-los aqui a partir de hoje. Para ver as colunas anteriores, clique aqui.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Elvis cantando uma música brasileira

Montagem? Holograma? Não, é verdade. No extenso repertório da carreira de Elvis, houve espaço para uma música escrita por um brasileiro. A canção "Almost in Love" é, na verdade, uma versão de uma bossa nova nacional, escrita por Luís Bonfá (ironicamente, anos antes Elvis tinha gravado uma canção chamada "Bossa Nova Baby", mas escute para ver que, de bossa nova, não tinha nada :-).

"Almost in Love" foi usada em um dos últimos filmes de Presley, Live a Little, Love a Little (1968). A música ainda serviu como título de um álbum, lançado dois anos depois, em 1970. Repare como a marca registrada da bossa nova brazuca está na música, especialmente na introdução. E como a voz de Elvis casa bem com o gênero, só nos fazendo imaginar como teriam sido outras versões ("The Girl From Ipanema", talvez?) com ele.

Enjoy!



quarta-feira, 6 de maio de 2009

Qual banheiro é mais sujo?
O masculino ou feminino?



Que tal discutir algo existencialista, fundamental e imprescindível? Pois aqui no trabalho o pessoal começou a debater qual banheiro era mais sujo, o dos homens ou das mulheres. Surpreendentemente, a maioria das mulheres foram enfáticas em dizer que seus toiletes são sempre bem mais encardidos que os nossos.

E você, o que me diz?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ventania em São Paulo

Estava nas ruas ontem no momento mais forte dos ventos em São Paulo. Aproveitei - claro - para registrar o momento com fotos e vídeos. Ei-los:



E o vídeo:

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Altoid`s Dark Chocolate


Você também adora Altoid's? Pois é, eu sempre gostei. Na verdade, gosto tanto que tenho um bom número de latinhas na minha gaveta:



Mas, loucuras à parte, procure pela edição limitada Altoid's Dark Chocolate. Ela vem em diferentes sabores, como canela e menta. Estou aqui com a de menta (reparou ela no cantinho esquerdo da gaveta?)

A edição achocolatada de Altoid's tem como principal diferença a cobertura em chocolate. No caso da bala de menta, a combinação foi interessante. Por fora, as balas lembram M&Ms irregulares. Por ficarem maiores do que as balas comuns, parecem vir em menor quantidade do que uma Altoid's tradicional.

Na boca, o sabor também lembra um M&M (até porque a Altoid's é feita pela mesma empresa da M&M, a MARS), mas só por alguns segundos. O chocolate derrete rapidamente e a Altoid's volta a se tornar aquela costumeira bala de menta que já conhecemos. Por unir o doce com a menta, oa bala também lembra aqueles pequenos chocolatinhos de menta que comemos após o café (after eight, se não me engano).


Já que é uma edição limitada, não espere achar o Altoid's Dark Chocolate em qualquer esquina - sem mencionar que essas balinhas são importadas, o que também deixa o preço alto. Empórios e mercados mais sofisticados podem tê-la. Sai por volta de 15 reais.

Caro? Caríssimo. Mas cada louco com a(s) sua(s) (várias) mania(s).